sábado, 24 de enero de 2009

Discussão

Clara não se importou com o tom inquisidor e ao mesmo tempo ameaçador de Fernando. Tirou os sapatos calmamente e subiu as escadas com o casaco no antebraço, como se estivesse em uma situação muito cômoda da vida.

Carolina permanecia de pé atrás da porta quando sentiu os movimentos de sua madrasta e a sua voz a aproximar-se.

- Amanhã vamos falar com o meu pai. Quero me mudar desta casa. Já não gosto dela, não gosto da vizinhança e nada daqui me diz respeito.

- Eu não vou a parte alguma contigo, Clara. Faça você o que quiser!

- Aí é que você se engana, amado meu. Pense em sua filhinha querida. Lembre-se que a felicidade dela dependerá das suas estúpidas decisões. E já agora, e para pensar melhor em tudo o que pode perder para o seu bel prazer, pode dormir aí mesmo no sofá. - Disse isso e fechou a porta do quarto antes que Fernando pudesse responder algo.

Fernando, já não tinha palavras para argumentar. A única coisa que queria era ir embora das vistas e da vida desta mulher diabólica. Por causa dela quase morreu e assim como antes, se encontra na mais completa infelicidade. Sentou-se devagar no sofá e com as duas mãos, sustentou a cabeça com os cotovelos comprimindo os joelhos.

Carolina nesta hora, já o via do último degrau da escada. Sentiu uma imensa pena do pai, pois era a primeira vez que o via a chorar. Aproximou-se dele e o abraçou dizendo: - Pai, não chore. Eu estarei do seu lado para sempre. Cuidarei de ti. Não deixe que nada possa atrapalhar a nossa felicidade, mesmo que pareça que pode perder alguma coisa...

Fernando não se conteve e soluçou ainda mais.

domingo, 11 de enero de 2009

Dois a dois

Dois intervalos para respirar.
Considero assim, um tempo mais que necessário.

Me preparo para voltar, mais romântica e mais dramática.
Dois ingredientes quase indispensáveis.

Criarei a vida aos pares... Há que ser dois a dois...
Assim é melhor.