Clara não se importou com o tom inquisidor e ao mesmo tempo ameaçador de Fernando. Tirou os sapatos calmamente e subiu as escadas com o casaco no antebraço, como se estivesse em uma situação muito cômoda da vida.
Carolina permanecia de pé atrás da porta quando sentiu os movimentos de sua madrasta e a sua voz a aproximar-se.
- Amanhã vamos falar com o meu pai. Quero me mudar desta casa. Já não gosto dela, não gosto da vizinhança e nada daqui me diz respeito.
- Eu não vou a parte alguma contigo, Clara. Faça você o que quiser!
- Aí é que você se engana, amado meu. Pense em sua filhinha querida. Lembre-se que a felicidade dela dependerá das suas estúpidas decisões. E já agora, e para pensar melhor em tudo o que pode perder para o seu bel prazer, pode dormir aí mesmo no sofá. - Disse isso e fechou a porta do quarto antes que Fernando pudesse responder algo.
Fernando, já não tinha palavras para argumentar. A única coisa que queria era ir embora das vistas e da vida desta mulher diabólica. Por causa dela quase morreu e assim como antes, se encontra na mais completa infelicidade. Sentou-se devagar no sofá e com as duas mãos, sustentou a cabeça com os cotovelos comprimindo os joelhos.
Carolina nesta hora, já o via do último degrau da escada. Sentiu uma imensa pena do pai, pois era a primeira vez que o via a chorar. Aproximou-se dele e o abraçou dizendo: - Pai, não chore. Eu estarei do seu lado para sempre. Cuidarei de ti. Não deixe que nada possa atrapalhar a nossa felicidade, mesmo que pareça que pode perder alguma coisa...
Fernando não se conteve e soluçou ainda mais.
sábado, 24 de enero de 2009
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2 comentarios:
Oh a história entriste-se...
Ahhh, sentimentos que se negligenciam às vezes por tão pouco... Gostei de sua prosa, menina!!
Beijos
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